terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Cristo e os Cristãos - Como seria um Portugal Cristão?

No artigo anterior, mostrei que o nosso Portugal não é Cristão em credo, ou seja, que a maioria das pessoas não crê nas doutrinas Cristãs. Muita gente pode dizer: mas o que interessa isso, se formos boas pessoas? A questão é que o que acreditamos muda muito quem somos. A ideia de que alguém pode ser um Cristão só em credo, ou seja, apenas acreditar nas doutrinas Cristãs, mas não o reflectir na sua vida, é errada, pois a fé sem obras é morta (Tg 2:26). Se alguém realmente acreditar no seu coração que Jesus é o Senhor (Rm 10:9), que veio ao mundo morrer pelos nosso pecados (1 Cor 15:3), para nos dar a vida eterna (Jo 3:16), que nos comanda para amarmos o próximo como a nós mesmos (Mt 22:39), e que diz que seremos seus amigos se fizermos o que nos manda (Jo 15:14), e que ainda nos diz que Ele é cada um desses mais pequeninos que precisam de ajuda (Mt 25:40). Se em Portugal fosse realmente Cristão, que mudanças esperaríamos na sociedade?
  • Não haveria fome nas ruas porque todos dávamos aos pobres, porque víamos Jesus em todas as caras (Mt 25:31-46)
  •  Não haveria adultérios nem traições (Dt 5:18)
  •   Não haveria mentiras (Dt 5:20)
  • Chegar a um cargo alto seria encarado como uma oportunidade de servir e não de ser servido, e portanto não haveria demagogia e a política seria honesta (Mt 20:27)
  • Trataríamos melhor os animais, porque Deus comandou que tratássemos bem da criação (Pr 12:10)
  • Deixaria de ser motivo de orgulho para um homem ser um “garanhão”, e portanto haveria menos machismo, menos desgostos de amor e menos objectivação das mulheres (Mt 5:28), note-se que luxúria consiste na objectivação de outra pessoa para obter prazer
  •  Não haveria guerras, porque o amor não deseja o mal do próximo (Rm 13:10)
  • Abusos de substâncias destruidoras do corpo humano não seriam usadas e haveria muito menos crime, delinquência e as pessoas seriam mais saudáveis (2 Cor7:1)
  • As pessoas iriam desfrutar do vinho, que é uma dádiva de Deus, de maneira controlada, havendo por exemplo muito menos acidentes (Sl 104:14-15, Ef 5:18)
  • Inveja, malícia, cobiça, luxúria seriam inexistentes (Gl 5:19-21)
  • Não haveria objectificação de pessoas, nomeadamente através de pornografia ou prostituição (1 Cor 6:13)
  • Não haveria racismo (Gl 3:28)
  • Ao contrário do que muitos pensam, as relações seriam mais abertas: como não existia o sentido de ser garanhão, um homem podia dizer a uma mulher abertamente que a amava sem “jogar o jogo da sedução”, que hoje em dia consiste em fazer a mulher pensar que a desprezamos para que ela comece a sentir uma paixão por nós. Desta forma, os casamentos seriam mais cedo e sempre em amor. (Ef 5:25)
  • Para além de haver menos gente na prisão, os que lá estavam iam ser ajudados e reabilitados porque neles vemos Jesus. (Mt 25:36)
  • Ninguém iria deixar os seus pais sozinhos a morrer na velhice, porque honraríamos pai e mãe até morrer. (Dt 5:16)
  • Embora possa haver muito sofrimento também na caminhada do Cristão, seríamos mais felizes , porque Deus promete grande alegria para os que o seguem (1 Pedro 1:8)
  • Havia mais verdade, porque a partir do momento que um homem reconhece ser pecador perante Deus e irmão, ele tem mais capacidade em admitir as suas faltas em público e menos necessidade de mentir (Lc 18:13-14)
  • Haveria sempre lugar ao perdão, pois um Cristão sabe que o perdão é a base de tudo, porque sem o perdão de Cristo nada era (Lc 17:3-4)


Repare que em muitos sectores da sociedade os problemas seriam resolvidos:
  • Educação (haveria respeito por professores, obediência e também profissionalismo por parte dos professores, para além disso o estudo científico é um acto de adoração)
  • Justiça (seria muito mais eficaz, porque Deus comanda para julgar com justiça)
  • Pobreza (seria quase inexistente)
  • Corrupção (seria impossível pois Deus comanda para sermos justos, verdadeiros, honestos e amarmos o próximo)

É preciso compreender que o Reino dos Céus não é deste mundo (Jo 18:36) e portanto a maneira de chegar a esta realidade não é mudando o exterior e o poder do estado, mas o coração de cada um de nós (Lc 17:21), portanto quem estiver a pensar em utopias de um “Estado Cristão” que se lembre disto. Mas temos de nos lembrar também que o grande objectivo do Cristão não é simplesmente Evangelizar para mudar a maneira como o mundo funciona, mas sim mudar o interior de cada um (Salvação), e através disso verá o mundo mudado (como efeito secundário).
E isto relaciona-se com talvez a maior mudança na sociedade: mesmo que todos fossemos Cristãos, seríamos ainda pecadores (1 Jo 1:8), e iríamos violar os princípios acima várias vezes ao longo da nossa vida, no entanto para além de o fazermos muito menos vezes que no nosso anterior estado não Cristão, sempre que os violássemos teríamos a humildade de pedir perdão a Deus e ao nosso irmão, e depois de reparar o dano feito. Se pretende também uma sociedade melhor como a descrita a cima, um aperitivo do Céu, junte-se a Jesus e a mim por este projecto. Mas lembre-se, a santidade e o por de lado o nosso ser corrompido só é possível com a ajuda do Espírito Santo (1 Cor 12:13), e para isso é preciso arrependimento e perdão dos pecados, que Jesus nos proporciona pela sua morte e Ressurreição. Portanto antes de mudar o mundo, mude-se a si mesmo!



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