sábado, 14 de março de 2015

Reflectir a Homossexualidade - Compreendendo os Cristãos

No último artigo falei sobre o que diz Deus na Bíblia sobre a homossexualidade e como estes ensinamentos procedem da própria essência de Deus. Mas vamos supor que você ainda não está convencido que Deus existe e fala pela Bíblia, que talvez ainda precise de mais umas noites a meditar nos argumentos Filosóficos para a existência de Deus e nas palavras de Jesus, que por agora você ainda se considera um agnóstico ou ateu ou talvez um membro de outra religião. O que quero tentar explicar-lhe agora é que mesmo que você estivesse correcto, nunca poderia chamar os Cristãos de homofóbicos. Porquê? Tente responder a esta pergunta: se você acreditasse em tudo o que escrevi no artigo anterior, e alguém lhe perguntasse se a homossexualidade é permitida, o que você faria?
Considere a seguinte ilustração, que é baseada em Dom Quixote:
Suponha que um homem sofre de uma tremenda ilusão (D. Quixote), devido a uma doença mental sem qualquer culpa sua, e pensa ter a missão de salvar o mundo do crime. Ao passar por uma rua ele depara-se com uma bela donzela acompanhada pelos seus dois guarda-costas. Ora, este homem é tremendamente hábil a dominar a espada e poderia facilmente dominar os dois guardas e talvez matá-los. Devido aos seus delírios, ele pensa que esta donzela é na realidade uma prisioneira destes dois guardas, que a vão torturar até a morte, e que a única maneira de o evitar é resgatá-la. Então depara-mo-nos com um dilema:
  • Dom Quixote decide agir, pois ele pensa que realmente a mulher está em perigo e decide arriscar a vida para a salvar. Em consequência, os dois guardas ficam gravemente feridos e a donzela aterrorizada. 
  • Dom Quixote não age, o que resulta em nenhum mal para as outras pessoas. No entanto ele estava convencido de que salvar a mulher era a verdadeira atitude moral.


Qual destas decisões é moralmente certa? Será que a acção correcta reside na intenção ou no resultado? A mim parece-me que a primeira acção, embora mais danosa, seja a correcta na mente de D. Quixote.
O paralelo é este: vamos supor que a Bíblia é apenas um conto de fadas e que os Cristãos, tal como D. Quixote, estão em delírio ao pensar que a homossexualidade está errada, e que o caminho para a vida eterna é Jesus. Será que algum Cristão em boa consciência pode deixar de afirmar e defender estas verdades? Se eu vejo alguém na direcção que eu considero do fundo do coração como errada e não o aviso, a não ser que tenha uma razão muito forte para o fazer, o meu sentimento por ele é indiferença e não amor. Se você realmente acreditasse na Bíblia como os Cristãos e andasse a pregar que a homossexualidade não é pecado enquanto considera que é, seria um mentiroso e um hipócrita.
É por isso que eu disse no meu primeiro artigo que compreendo o porquê de certas pessoas se oporem aos Cristãos. É importante compreender que apenas estar enganado não elimina completamente a nossa responsabilidade, pois nós podemos ter responsabilidade em estar enganados, mas ao menos permite que se compreendamos uns aos outros.
Em suma, isto é o que se deve reter:
  • Os Cristãos devem compreender as razões pelas quais certas pessoas ficam indignadas com certas mensagens da Bíblia, e também lembrar-se de que muitas vezes a indignação é contra uma distorção do que diz a Bíblia.
  • A Bíblia não é contra os homossexuais, apenas se pronuncia sobre a actividade homossexual.
  • As leis de Deus não são arbitrárias mas estão baseadas na maneira como Deus se relaciona com o mundo e na sua própria essência, que é a Aliança. Esta existe para o Homem na forma do casamento, e não pode ser profanada.
  •  Para além de ser difícil determinar certo e errado sem Deus, a ideia de que a moralidade de uma relação interpessoal é determinada apenas pelo amor entre os participantes é ingénua.
  • Todos nós temos uma certa tendência para o pecado, e Deus pede tudo de todos nós. As “regras sexuais” não se aplicam só a homossexuais mas também a heterossexuais.
  • Parece impossível viver de acordo com a vontade de Deus, e realmente é sem Deus. Mas Deus promete ajudar-nos a viver de acordo com a sua vontade através do Espírito Santo.
  • Finalmente, este caminho pode e vai ter quedas, mas não se devemos deixar desencorajar por eles, porque não há nenhum pecado que Jesus não tenha vencido na Cruz.
  • A Fé é a chave que abre a porta que é Jesus para todas estas graças de Deus que culmina na participação no Reino dos Céus que Deus promete onde irá haver Restauração e Paz Eterna e o pecado será apenas uma memória distante.


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