sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Podemos confiar na Bíblia? - Argumentos Dedutivos

Considerámos neste artigo as razões pelas quais deveríamos confiar no facto de que o texto da Bíblia não foi substancialmente alterado e é na realidade o documento antigo mais bem preservado que temos. Mas devemos também considerar o último ponto, que talvez seja o mais importante: mesmo que tenhamos a certeza que todo o Novo Testamento é hoje exactamente como foi escrito, será isso suficiente para crer em certos acontecimentos, como Jesus nascer duma virgem, transformar água em vinho ou Ressuscitar? Alguns destes eventos mais centrais (nomeadamente a Ressurreição), podem, na minha opinião, ser estabelecidos apenas com base na evidência histórica.
No entato também sou o primeiro a admitir que há outros que não podem, como eventos que apenas estão relatados num Evangelho (por exemplo transformação da água em vinho está apenas no Evangelho segundo São João). Existe, no entanto, uma maneira de ter confiança na fiabilidade destes textos com base em outros argumentos, pois os argumentos para o Cristianismo, como o grande filósofo William Lane Craig diz, não devem ser tomados isolados mas como um todo (tradução feita por mim a partir do antepenúltimo parágrafo de http://www.reasonablefaith.org/defenders-2-podcast/transcript/s4-25#ixzz3LAN3C36Q):

“Nós não devemos olhar para os argumentos para  a existência de Deus como sendo ligações numa corrente simples, onde força da corrente é igual à das suas ligações mais fracas. Devemos antes olhar para os argumentos para a existência de Deus  como sendo ligações numa cota-de-malha, onde as ligações se reforçam umas às outras e a cota-de-malha não é tão fraca como a sua ligação mais fraca”







O quero dizer é que existem outros argumentos para a existência de Deus que suportam a crença na Bíblia. A “cota-de-malha” seria construída da seguinte maneira:
As ligações mais básicas seriam os argumentos teístas gerais (Cosmológico, Teleológico (design), Moral, etc), que funcionam tanto para o Cristianismo, Islão ou até mesmo Deísmo. Estes argumentos permitem chegar à conclusão que um certo deus existe.
Seguidamente partiríamos para argumentos que permitem mostrar que este deus realmente se revelou, pois Jesus realmente Ressuscitou (argumento histórico para a Ressurreição), e Ele opera milagres (argumento para os milagres) até mesmo até aos dias de hoje.
Agora que sabemos que Jesus realmente é a revelação deste tal deus que sabíamos existir, e Jesus realmente atesta em nome dos profetas de Israel, pela sua autoridade devemos concluir que na realidade este deus que sabíamos existir é o SENHOR, Deus de Israel, que tirou o seu povo da terra do Egipto com mão pesada, e que nos tempos de Cristo entrou na Criação para salvar o seu povo dos seus pecados, pagando Ele mesmo por eles (é caso para dizer, graças a Deus!).
Podemos olhar para o seguinte argumento dedutivo:
  • Se Deus existe e Ele é o Deus da Bíblia, então a Bíblia é fiável.
  • Deus existe e é o Deus da Bíblia (pelos argumentos acima enumerados)

Segue-se que a Bíblia é fiável. É importante realçar que embora os Cristãos defendam que a Bíblia é sem erro, existe alguma discórdia sobre o que é que isso exactamente quer dizer.
Para além disso, para o (ainda!) não crente a doutrina de que a Bíblia é sem erro não é um pré-requisito para a Fé, pois não é uma doutrina central, mas periférica.
Note-se que algumas das informações e ideias usadas neste artigo foram retiradas dos seguintes sites:

http://www.suaescolha.com/jesus/biblia/

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