sexta-feira, 4 de setembro de 2015

30 de Agosto - A Lei

Primeira Leitura - Dt 4:1-2, 6-8

Os Israelitas já foram libertados da terra do Egipto e do domínio do Faraó e estão agora livres da escravatura. Moisés é quem os lidera, e o Senhor já enviou a Sua lei para o povo. Mas para que serve esta Lei? Vemos que em primeiro lugar Deus revela as leis ao povo de Israel para o proveito desse mesmo povo, para que vivam, pois ao cumprirmos as Leis de Deus e ao caminharmos na sua justiça, os nossos corações vão sendo cada vez mais de carne e menos de pedra, e vamos sendo mais fortes perante o pecado, idealmente atingindo a libertação total do pecado, que é a verdadeira liberdade.
Mas Deus sabia o que estava a fazer quando escreveu as Suas leis, e não nos cabe a nós criarmos tradições externas à lei, que vão colocar fardos nas costas dos nossos irmãos (Jesus vai abordar isto no Evangelho).
Embora muitas vezes consideradas como demasiado ríspidas, as leis do antigo testamento eram bastante avançadas para o seu tempo! Por exemplo, as leis sanitárias da Bíblia focavam-se em prevenir certas doenças, enquanto que a maioria das culturas possuía preceitos (muitas vezes errados) para as “curar”. Também certos grupos tinham mais direitos segundo a Lei Mosaica do que nas leis dos países vizinhos, como por exemplo os “escravos”, que possuíam um dia de descanso e protecção contra possíveis abusos do seu mestre (note-se que o termo escravatura como o compreendemos hoje não é o mais correcto para descrever o que acontecia no Antigo Testamento).
Assim, Deus também quis usar estas Leis para glorificar o seu nome, sendo que a glória de Deus é manifestada na satisfação e bem-estar do seu povo, talvez podendo assim também chamar ao arrependimento os corações de membros de outros povos.


Salmo - Sl 15 

Sabemos que Deus é perfeito e Santo, e nós não somos. Mas nós gostaríamos de estar na presença de Deus, mas como? Perguntamos com o salmista “Senhor, quem morará em vossa casa? E no vosso monte santo habitará?”. Rapidamente vemos que a resposta faz todo o sentido mas não é talvez a mais confortável de ouvir, resumidamente “é aquele que caminha sem pecado”. Mas todos nós somos pecadores! Quer dizer que nenhum de nós poderá estar na presença do Senhor? Na verdade isso é-nos impossível, mas para Deus tudo é possível (Mateus 19:26). Por isso é que Deus desceu dos Céus e se tornou num servo para que nós pudéssemos ficar sem pecado, e assim na sua presença.

Segunda Leitura - Tg1:17-18,21-22, 27

Tiago vem-nos lembrar que Deus escolheu amar-nos e nós somos somos o povo que irá pregar o seu Evangelho a todas as criaturas, sendo assim os primeiros frutos. Mas temos o dever de aceitar a Palavra de Deus no nosso coração, pois é através da Sua Palavra e do Seu Espírito que Deus abre os nosso corações e nos converte. Devemos é evitar aquele pecado que Jesus tanto odiava: a hipocrisia, e lembrar-mo-nos que as Leis de Deus não são instruções vazias e pietistas, mas que o que Ele pretende com elas é que nós sejamos bons uns para os outros. Somos salvos pela Fé e pela sua graça, e embora o cumprimento das Leis não seja meritório da nossa salvação, este é certamente central na vida de qualquer Cristão, não só como uma demonstração da verdadeira Fé mas também como um processo que converte o nosso coração.


No Evangelho vemos como Jesus condena o legalismo e hipocrisia dos fariseus: criando as suas tradições, eles sobrecarregam as pessoas com pietismos exagerados, dando-lhes fardos pesados e talvez até as afastando do Reino dos Céus. Devido às leis dietárias do Antigo Testamento (que foram feitas para aquele tempo específico e não são o ideal de Deus, bem como outras leis do Antigo Testamento) os fariseus pensavam que um homem se tornava impuro por aquilo que comia e bebia, ignorando o que realmente faz um homem impuro, como Jesus lhes lembra, que é aquilo que sai de dentro do seu coração. Eles violaram a Lei de Moisés, adicionando à Lei de Deus. Jesus não quer os nosso rituais, as nossas orações repetitivas sem significado, as nossas longas vestes, os nossos templos ou as nossas esculturas, Ele só quer uma coisa: o nosso coração. Se ainda não deu o seu coração a Jesus, porque não o faz hoje? Lembre-se que Ele já lhe deu o d'Ele!

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