sábado, 22 de novembro de 2014

Os verdadeiros feministas – feminismo Bíblico

No artigo “Os verdadeiros feministas – o falhanço das ideias seculares” expliquei a razão pela qual os princípios feministas seculares falham em proteger as mulheres e acabam por prejudicá-las. Neste artigo mostrarei a razão pela qual os ideais Cristãos oferecem um verdadeiro feminismo, que protege a mulher e a eleva de uma forma que nenhum princípio secular poderia. Mostrarei ainda que o único feminismo coerente necessita de uma base teísta.

Em primeiro lugar, o que diz a Bíblia sobre a mulher? A Bíblia afirma um conjunto de verdades e princípios morais que asseguram os direitos da mulher e a sua dignidade:

  • Igualdade – “E criou Deus o Homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gen 1:27). Repare-se que Deus cria o homem e a mulher à imagem de Deus, o que dá um valor incalculável a cada um (note-se que Deus não fez isto com nenhum dos outros animais). 
  • Aptidão - "Débora, uma profetisa, mulher de Lapidote, liderava Israel naquela época." (Juí 4:4). Esta passagem mostra-nos que Deus considera que a mulher também tem grandes aptidões, podendo mesmo ser profeta e liderar o seu povo. Se Deus não discrimina, nós também não devemos discriminar.
  • Valor - "Mulher virtuosa quem a achará? O seu valor muito excede ao de rubis. O coração do seu marido está nela confiado; assim ele não necessitará de despojo." (Pro 31:10-11). Mais uma vez vemos o valor da mulher, que excede o de rubis, a que devemos confiar o nosso coração, e não podemos portanto objectivizá-la.
  • Dever de amar - "Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a Igreja, e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo." (Ef 5:25-28). Para a sociedade pagã pré-Cristã o casamento poderia ser apenas um contrato, mas para o Cristão é algo sagrado, e para algumas denominações é mesmo um sacramento (Católicos, Ortodoxos), ou seja, uma fonte da graça de Deus. Deus comanda que amemos as nossas mulheres (mais uma vez sendo impossível assim tratá-las como objectos), tal como amamos os nossos próprios corpos, tal como Cristo amou a Igreja! Cristo viveu para servir a Igreja! Cristo tornou-se Homem para salvar a Igreja! Cristo foi crucificado pela Igreja! Como é bom ver a moralidade Cristã na sua robustez. Se todos os homens vivessem assim, certamente que não haveria qualquer abuso de direitos e discriminação em relação às mulheres. 
(abaixo, imagem de Priscila, uma importante líder Cristã e amiga do Apóstolo São Paulo)

Os feministas seculares concordariam que entre mulheres e homens deve existir igualdade, que as mulheres têm valor e aptidão. O problema é quando perguntamos a estes feministas com que base eles acreditam em tais coisas. Se o materialismo é verdadeiro então não podemos apelar ao facto que homem e mulher possuem alma e a imagem de Deus, pois nem Deus nem alma são materiais. Recorrendo puramente a uma análise materialista do homem e da mulher, não é claro que haja razão para acreditar que são iguais (já que biologicamente são de facto diferentes!), e apelar ao facto de que são da mesma espécie não é suficiente pois considerar espécie ao invés de outra categoria taxonómica como reino (que incluiria todos os animais) parece arbitrário. E claro porque não considerar uma subcategoria taxonómica da espécie como raça para defender o racismo? 
E mesmo que achemos que existe igualdade entre mulheres e homens, porque temos o dever de os tratar sem discriminação arbitrária? Como mostrei no argumento moral, o materialismo não oferece qualquer base para verdades morais e especialmente obrigações morais como "devemos fazer X". É portanto impossível existir um feminismo secular, pois qualquer feminismo pressupõe certas verdades sobre a  Humanidade e princípios morais que não podem ser obtidos sem uma base ontológica e epistemológica numa forma de teísmo e em particular no Cristianismo. 
Concluímos assim que não só o Cristianismo oferece a melhor forma de feminismo, mas também a única possível. 








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